sábado, 7 de setembro de 2013

Show do Suicidal Tendencies em São Paulo

Os meus amigos mais próximos sabem muito bem qual é pra mim, uma das mais importantes bandas - Suicidal Tendencies. Não só porque os caras criaram um estilo próprio que mantém até hoje, mas porque fizeram parte de nossa infância, inclusive a minha. Então, quando fico sabendo que o ST vem tocar no Brasil, todo esforço e investimento são válidos. E foi isso que fiz nesse último show em São Paulo. Saí de Manaus com um clima de 38 graus, com ansiedade e euforia. Chego em SP com 9 graus e um repentino e inesperado resfriado. Mas nada disso me fez desanimar.
No dia que antecedeu ao show, nada mais normal que a tradicional visita à Galeria do Rock, rua Santa Efigênia, um big sanduiche de mortadela no mercado municipal, uma caminhada entre a tumultuada rua 25 de Maio. E a noite uma aventura pelos bares da Augusta, reencontrar alguns amigos, conhecer outros.
No dia do show, apenas a dor de garganta me incomodava um pouco. Porém, tal incomodo desapareceu quando cheguei ao local do evento, o Clash Club na Barra Funda. Para amenizar a ansiedade, fui experimentar algumas cervejas especiais num bar muito aconchegante ao lado do local do show. Um barzinho chamado Garagem, muito bem decorado com coisas das décadas de 70, 80 e 90. Lembra da influência comentada que o ST teve em minha infância? Esse buteco só fez amplificar mais ainda a ansiedade, pois estava ali rodeado de coisas, brinquedos que também fizeram parte da minha rica e não tão saudável infância lá pelo Jardim Paulista.
Para minha surpresa, encontrei o Alan e Francy, um casal de amigos de Manaus donos da loja Soturna, loja essa que sempre nos ajudar nos eventos de metal em Manaus.
Colocando a conversa em dia com o casal de amigos, inesperadamente para uma Van a poucos metros de nós e descem correndo os caras da banda. Mike Muir com sempre, eletrizado. Aquele foi um sinal, é hora de entrar.
Entrei e me posicionei a menos de 2m metros do palco, na área mais privilegiada do camarote. Quando de repende, lá estava ele – Mike Muir, elétrico, impaciente, louco pra subir no pequeno palco.
E aí começa, um dos shows mais incríveis da minha vida. Não pelo local, não pela estrutura de som e palco. Mas pelas lembranças que aquele show fez aflorar na minha mente, pelas pessoas da minha adolescência skatista que também reencontrei naquele momento impar. Contendo uma vontade enorme me jogar e entrar no ‘pogo’ gigante que não parava de acontecer, me lembrei que não era mais aquele adolescente que constantemente dava mosh, abria os cicle pit e resolvi ficar com minhas lembranças, curtindo cada pedaço e detalhe do show, e registrando digitalmente cada momento da energia emanada pelo Mike e pelo público que curtiu, como eu, cada música.
Realmente, ST é Mike Muir. Sua energia, sua presença de palco, seu carisma com o público. Quando comento sobre o ST alguns amigos perguntam – ainda é a formação original? Responde sim, pois pra mim Mike Muir é a formação original, os demais músicos que passaram pela banda apenas contribuíram para aquele específico momento em que estiveram na banda. Me perdoem a franqueza, mas é isso que acho. Fazendo uma analogia, é como foi pra mim a saída do Max Cavalera do Sepultura. Saiu o Max, acabou o Sepultura. E se um dia o Max resolver voltar pro Sepultura, mesmo que ele chame o Chimbinha do Calipso para a guitarra, o Sepultura voltará a ser a maior banda de metal do Brasil.
Duas horas de show se passaram como num flash. Duas horas extasiado pela energia que emanava daquele local. E infelizmente acabou e Mike ainda eletrizado, sai do palco vem em direção ao camarote e, foi ali que vi a melhor oportunidade de estar em frente ao meu maior ídolo vivo. Abri um breve espaço pra ele passar, e com o meu o inglês trêmulo de emoção, disse: Grande Showww. Parabéns, e ele estendeu a mão direita e me cumprimentou com firmeza e agradeceu. Nesse momento, novamente tive a certeza que todo investimento feito pra ver esse show valeu a pena.
Bem, poderia passar horas escrevendo sobre minhas emoções sobre esse show, mas ao contrário dos registros digitais que fiz e que um dia apagarão, minhas lembranças irão para a eternidade. Grande abraço. ST !!! ST!!! ST!!!
Compartilho abaixo com vocês algumas motos e vídeos. Mas desculpe a tremedeira em algumas fotos, pois a emoção era muita, rsrs